Pode ser definido como o fechamento precoce das suturas cranianas que ocorre no período intrauterino.

O crânio não é um osso único! Na verdade, é formado por vários ossos. 

Os locais onde um osso se une com o outro, chamamos de suturas cranianas, que é justamente onde ocorre o crescimento do crânio. 

Tais suturas, que são formadas por tecido “frouxo”, costumam se ossificar e ficar rígidas quando a criança atinge cerca de 6 à 7 anos.

Porém, pode haver um problema e ocorrer a ossificação precoce dessas suturas, levando consequentemente à cranioestenose ou craniossinostose, que é a alteração do formato do crânio, decorrente dessa ossificação precoce, assumindo formatos em geral característicos e que costumam chamar a atenção dos pais.

Diversas suturas diferentes podem ser afetadas e em geral o tratamento é cirúrgico, idealmente realizado com a criança com menos de 1 ano de idade.

Algumas situações confundem-se com cranioestenose e é necessário uma avaliação para se entender melhor do que se trata. 

O que pode parecer uma cranioestenose, não se confirma em vários casos e a alteração do formato da cabeça pode ser uma característica da criança ou eventualmente uma alteração do formato da cabeça decorrente de posições viciosas que a criança assume principalmente no período em que fica com a cabeça apoiada (deitada no berço, no carrinho). Nesses casos, não está indicada qualquer cirurgia.

Alguns tipos de cranioestenose podem estar relacionados a síndromes genéticas e, além do problema de formato do crânio, pode haver vários outros distúrbios associados. Em outras situações, não se identificam tais síndromes, e o problema é unicamente estético.

O uso de capacetes para correção de cranioestenose ou alterações do formato do crânio é controverso, porém para tratamento de uma cranioestenose verdadeira, não é esperado um resultado favorável com o uso desses dispositivos.