Existem diversos tipos de tumores, podendo ser benignos ou malignos.

A incidência é em torno de 15 casos por 100.000 pessoas ao todo.

Grosseiramente, pouco mais da metade dos casos são primários (originários) do cérebro, sendo divididos meio a meio entre benignos e malignos. A outra metade desses são metástases, proveniente de outros órgãos, que são malignas,  infelizmente.

Os tumores são subdivididos em graus histológicos, que variam de I à IV.

O que confere o grau ao tumor são suas características relacionadas ao crescimento.
Basicamente, a capacidade de crescer, a velocidade de crescimento e o potencial de voltar a surgir quando foi previamente ressecado é o que determina o grau do tumor.

Tumores benignos são os de grau I e II, sendo que os graus II já estão em fase de transição para malignidade muitas vezes. Os graus III e IV são considerados malignos.

Ex: tumores que crescem lentamente e que uma vez removidos dificilmente voltam a crescer, em geral são benignos, com graus entre I e II. Já lesões de cresceram rapidamente e mesmo após removidas voltam a aumentar, são tumores mais agressivos, em geral malignos, com graus III ou IV.

Diversas técnicas podem ser usadas para remover lesões tumorais.

Em alguns casos, opta-se apenas por biópsias pequenas, como biópsias estereotáxicas, que é uma técnica que envolve a remoção de pequenos fragmentos da lesão através do uso de um aparelho de alta precisão chamado arco estereotáxico. Quando se escolhe essa modalidade cirúrgica, que é pouco invasiva, em geral a lesão é de mais difícil acesso, ou o paciente, devido a limitações clínicas, não suporta um procedimento de maior porte.

Também pode-se remover lesões utilizando-se técnicas endoscópicas, em que o acesso ao cérebro se dá através da visão de uma câmera (óptica) e as pinças de trabalho chegam até a lesão através de pequenos acessos (cicatrizes e craniotomias pequenas, eventualmente, menos agressivas). Lesões hipofisárias e intra-ventriculares podem ser abordadas dessa maneira, além de outras lesões dependendo da localização e possibilidade de acesso.As craniotomias (cirurgia convencional) ainda são eleitas para a grande maioria dos casos, pois permitem acesso mais amplo à remoção das lesões.

Para auxílio na remoção de muitos tumores, usam-se aparelhos que ajudam a elevar a segurança e efetividade do procedimento, como neuronavegador, ultra-som intra-operatório, aspirador ultrassônico, luzes de cores diferentes acopladas ao microscópio cirúrgico e contrastes injetados de maneira endovenosa no paciente para melhor visualização das lesões.